domingo, 30 de dezembro de 2007

Los Hermanos - Discografia

Os Hermanos surgiram quando o guitarrista Marcelo Camelo e o baterista Rodrigo Barba, estudantes da PUC do Rio de Janeiro, uniram-se em 1997 para formar uma banda que, em princípio, faria um som hardcore. No entanto, a voz de Marcelo, embora vibrante, era suave demais para o vocal rasgado e sujo do hardcore, e as letras que escrevia eram românticas e poéticas, a despeito da tradicional revolta política que geralmente rugem as bandas do estilo. Os músicos misturavam elementos brasileiríssimos às suas composições, flertando com o samba e outras nuances da música latina.
Depois que o tecladista Bruno Medina e o guitarrista Rodrigo Amarante se juntaram oficialmente à banda, os Hermanos lançaram suas primeiras demos, que repercutiram na cena underground carioca. O primeiro álbum, homônimo, saiu em 1999, pela gravadora Abril Music, e a canção Anna Júlia, que destoava do resto do disco e possuía maior apelo comercial, agradou as massas e tocou incessantemente nas rádios do país.
O sucesso, no entanto, não se repetiu com o segundo disco, lançado em 2001. Apesar das boas críticas, "Bloco do Eu Sozinho" era inusitado e, para desespero da gravadora, rompia totalmente com a fórmula anterior, abandonando o hardcore e investindo numa mistura de indie rock e samba. Foi uma fase difícil para os Hermanos, que, já acostumados a tocar para grandes multidões, tiveram que voltar às pequenas casas de shows. O público era modesto, porém, apaixonado. Aos poucos, em suas andanças, a banda foi agregando uma legião de fãs fervorosos e fiéis. Era o momento da reviravolta, e os Hermanos voltaram ao estúdio para produzir um terceiro álbum, agora pela BMG, sua nova gravadora. "Ventura", lançado em 2003, foi um sucesso. Os fãs foram ao delírio. Canções como "Cara Estranho" e "O Vencedor" agradaram a molecada que havia torcido o nariz para "O Bloco" e a banda foi indicada a diversos prêmios, incluindo o Grammy Latino.
O último disco dos Hermanos, "4", saiu em 2005 e já é apontado por diversos críticos como um dos grandes da MPB. As canções sao lentas, introspectivas e filosóficas, com arranjos magníficos que não passam despercebidos por nenhum ouvinte minimamente sensível à boa música. Em 2007 os músicos anunciaram que a banda entraria em recesso por tempo indeterminado para que pudessem investir em seus projetos pessoais. O último show foi realizado no dia 9 de junho, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

Los Hermanos [1999]

01. Tenha Dó
02. Descoberta
03. Anna Júlia
04. Quem Sabe
05. Pierrot
06. Azedume
07. Lágrimas Sofridas
08. Primavera
09. Vai Embora
10. Sem Ter Você
11. Onze Dias
12. Aline
13. Outro Alguém
14. Bárbara

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Destaque: A faixa 05, "Pierrot", é uma bela canção carnavalesca com inusitada levada hardcore.


Bloco do Eu Sozinho [2001]

01. Todo Carnaval Tem Seu Fim
02. A Flor
03. Retrato Pra Iaiá
04. Assim Será
05. Casa Pré-Fabricada
06. Cadê Teu Suín
07. Sentimental
08. Cher Antonie
09. Deixa Estar
10. Mais Uma Canção
11. Fingi na Hora Rir
12. Veja Bem Meu Bem
13. Tão Sozinho
14. Adeus Você

Destaque: Difícil escolher, pois considero esse o melhor trabalho dos Hermanos. Todas as canções são belíssimas! "Retrato Pra Iaiá", "Cadê Teu Suín" e "Cher Antonie", esta com parte da letra em francês, ilustram o radicalismo do álbum. Eles queriam romper com o primeiro disco e conseguiram. É fantástica a evolução da banda, tanto musicalmente quanto em relação às letras, que antes soavam muito Jovem Guarda.

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Ventura [2003]

01. Samba a Dois
02. O Vencedor
03. Tá Bom
04. Último Romance
05. Do Sétimo Andar
06. A Outra
07. Cara Estranho
08. O Velho e o Moço
09. Além do Que Se Vê
10. O Pouco Que Sobrou
11. Conversa de Botas Batidas
12. Deixa o Verão
13. Do Lado de Dentro
14. Um Par
15. De Onde Vem a Calma

Destaque: "Samba a Dois" é uma resposta irônica e inteligente aos críticos de plantão.

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4 (2005)

01. Dois Barcos
02. Primeiro Andar
03. Fez-Se Mar
04. Paquetá
05. Os Pássaros
06. Morena
07. O Vento
08. Horizonte Distante
09. Condicional
10. Sapato Novo
11. Pois é
12. É de Lágrima

Destaque: "Morena" e "O Vento".

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Pink Floyd - Dark Side Of The Moon [1973]

01. Speak to Me / Breathe
02. On the Run
03. Time
04. The Great Gig in the Sky
05. Money
06. Us and Them
07. Any Colour You Like
08. Brain Damage
09. Eclipse

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Dark Side Of The Moon é considerado por muitos a obra definitiva do Pink Floyd. O disco é um marco na história do rock, um dos maiores best sellers de todos os tempos e, até hoje, uma influência para músicos e ouvintes de todo o planeta. Trata-se de um álbum conceitual, cujo conteúdo é uma reflexão sobre o efeito das pressões da vida moderna sobre o homem. O tempo, o materialismo, a violência, o isolamento e a morte são apresentados como vilões que levam o indivíduo a viver num limite tênue entre a razão e a loucura, lutando para que "o lado negro da Lua" não assuma o controle. Para expor essas questões, o Pink Floyd não se limitou às letras - que, diga-se de passagem, são todas de autoria de Roger Waters -, foi muito além e buscou outros recursos para comunicar. Uma variedade de sons, como o pulsar de um coração, passos, gargalhadas, explosões, relógios despertando freneticamente e o som de uma caixa registradora, complementa e dá sentido às músicas. Ouvem-se também vozes de pessoas comuns, a quem a banda fez algumas perguntas relacionadas ao conceito do álbum. As respostas mais expontâneas foram selecionadas. Para saber mais, leia aqui uma análise interessante e bastante detalhada do conteúdo de Dark Side Of The Moon escrita por um fã.

Destaque: Impossível destacar qualquer canção. Este é um disco para ouvir como um todo.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Pink Floyd - Animals [1977]

O Pink Floyd surgiu em meados da década de 60, quando o jovem compositor Syd Barrett assumiu as guitarras e os vocais de uma banda formada por três estudantes da Escola Politécnica de Arquitetura de Londres: Roger Waters, Rick Wright e Nick Mason. O trio, que antes se chamava Sigma-6, aceitou a sugestão do novo integrante e trocou o nome da banda para Pink Floyd em homenagem aos bluesman PINK Andrerson e FLOYD Council. O primeiro álbum, Piper at Gates of Dawn, gravado pela EMI no estúdio Abbey Road, é considerado por muitos o precursor do Rock Progressivo. Um ano depois do lançamento do disco, Syd Barrett, mentalmente abalado pelo uso excessivo de LSD, já não conseguia mais tocar ou cantar como antes e teve que deixar a banda. Roger Waters convidou o guitarrista David Gilmour, amigo dos tempos de colégio, para fazer parte do grupo, e, a partir daquele momento, a dupla passou a dividir as composições. Dessa parceria nasceram obras como Dark Side of The Moon, em 1973, Wish You Were Here, em 1975, e Animals, em 1977. Este último marca o início do predomínio de Roger Waters em relação aos outros músicos da banda. Insatisfeito com o monopólio de Waters, David Gilmour abandonou o grupo no início da década de 80. Roger Waters anunciou o fim da banda em 1986, mas Gilmour ganhou na justiça o direito de posse do nome Pink Floyd e voltou com força total no ano seguinte, lançando A Momentary Lapse Of Reason. O último álbum de inéditas do Pink Floyd, The Division Bell, foi lançado em 1994.


01. Pigs On The Wing (Part 1)
02. Dogs
03. Pigs (Three Diferent Ones)
04. Sheep
05. Pigs On The Wing (Part 2)

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Animals, lançando em 1977, é o 12º álbum de estúdio do Pink Floyd. É um disco conceitual, isto é, todas as músicas abordam um mesmo assunto. O conteúdo é inspirado na obra "A Revolução dos Bichos" (Animal Farm, no original), do britânico George Orwell. O livro narra a história metafórica de uma fazenda em que os animais se libertam dos humanos para retratar as condições injustas da sociedade capitalista. Todas as músicas do disco recebem nomes de animais. "Dogs", por exemplo, fala dos capitalistas selvagens, e "Sheep" refere-se ao povo oprimido. Animals marca o início do monopólio de Roger Waters sobre a banda: das cinco canções, quatro são composições do músico.

Destaque: "Dogs" é fruto da parceria Waters/Gilmour, é a maior faixa do disco, com mais de 17 minutos e é a minha preferida, apesar de ser impossível escutar o disco de forma fragmentada.