quarta-feira, 30 de abril de 2008

Entre Parênteses

Jornalismo e entretenimento: o espetáculo do grotesco

Uma menina de cinco anos é encontrada morta no jardim de um edifício localizado em bairro de classe média de uma grande cidade. A criança foi jogada da janela do apartamento do pai, no sexto andar do prédio, após ser asfixiada até perder a consciência. Ele e a madrasta são os principais suspeitos.
Essa poderia ser a trama de um episódio de seriado policial, mas é o resumo do caso que domina as manchetes e chamadas dos veículos de comunicação desde o dia 30 de março. Ao observar a cobertura jornalística do fato, porém, a sensação é de acompanhar uma novela em que cada nova informação sobre o crime constitui mais um capítulo, e o público aguarda ansiosamente pelo final da história. “Quem matou Isabella” é o assunto que ferve no momento e todos têm um palpite.
A mídia desencadeou um movimento catártico que chegou ao extremo de levar grupos de manifestantes - alguns, inflamados por indignada paixão, outros, buscando seus quinze minutos de fama - a seguir o casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá com faixas, camisetas e gritos de protesto. A situação, de tão absurdamente despropositada, encontra-se no limite entre o cômico e o trágico.
Dezenas de casos de abusos e violência contra crianças já ocorreram antes e mesmo depois do assassinato da menina, mas a população não reage a esses crimes com o mesmo interesse. A conclusão a que se pode chegar é que a história de Isabella abalou as pessoas com tanta intensidade porque foi transformada pelo jornalismo em um Big Brother medíocre. O que era para ser informação mais parece ficção, e os limites entre o que é de interesse público e o que não passa de entretenimento barato, alimentado pelo desenrolar da tragédia alheia, já não importam mais.

Que jornalismo é esse?

Os princípios básicos para o exercício da profissão, que qualquer estudante aprende nas salas de aula das faculdades do país, foram esquecidos em um armário pequeno e empoeirado de uma sala discreta chamada ÉTICA, raramente visitada nas redações dos veículos de comunicação. O interesse público – a essência daquilo que os manuais de jornalismo chamam “notícia” - e a relevância social do conteúdo divulgado são conceitos pisoteados diariamente por uma imprensa que enche os pulmões de ar para anunciar o grotesco.
Casos como “Menina Isabella”, “João Hélio” e “Suzane von Richthofen” nada acrescentam ao público, mas provocam nas massas uma sede ignorante e doentia pelo sensacional. A tragédia vende bem, bem de mais, o bastante para neutralizar qualquer análise crítica do discurso em construção e empurrar dezenas de repórteres a chafurdar no sangue alheio. Além disso, crimes como esses são perfeitos para distrair a atenção do povo enquanto Brasília patina em escândalos políticos – o dos cartões corporativos, por exemplo.
Isabella é só mais uma anônima transformada em mártir pela mídia. Por uma fatalidade, tornou-se a personagem central de uma novela trágica desenvolvida pelo balbuciar imbecil de um jornalismo de espetáculo. Quando nada mais houver para sugar e o público perder o interesse, como um parasita satisfeito e inchado após a refeição, haverá a calmaria, mas não por muito tempo. O circo vai encontrar uma nova atração. Afinal, o show deve continuar.

terça-feira, 22 de abril de 2008

The Hush Sound - Goodbye Blues

The Hush Sound é um quarteto americano de rock alternativo formado em 2004 por Bob Morris (vocais e guitarra), Chris Faller (baixo e vocais), Darren Wilson (bateria e vocais) e Greta Salpeter (vocais e piano). Já lançaram três discos de estúdio: So Sudden, em 2005, Like Vines, em 2006, e o mais recente, Goodbye Blues, em 2008.

Banda: The Hush Sound
Disco: Goodbye Blues
Ano: 2008
Qualidade: 192-320kbps
Tamanho: 59.11 MB








01. Intro
02. Honey
03. Medicine Man
04. The Boys Are Too Refined
05. Hurricane
06. As You Cry
07. Six (Interlude)
08. Molasses
09. That's Okay
10. Not Your Concern
11. Love You Much Better
12. Hospital Bed Crawl
13. Break The Sky

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OBS.: Up by Rock Girlz

terça-feira, 8 de abril de 2008

Coldplay - A Rush Of Blood To The Head

Coldplay é uma banda londrina de rock alternativo formada em 1998. As influências musicais do grupo passam por Echo And The Bunnymen, The Smiths, U2 e R.E.M, entre outros, contribuindo para a sonoridade melancólica, instrospectiva e intimista de suas composições.
A Rush Of Blood to The Head, lançado em 2002, é o segundo álbum da banda. Arrancou elogios da crítica especializada e faturou prêmios importantes da música internacional, incluindo o Grammy. Faixas como "Clocks", "In My Place" e "The Scientist" alcançaram enorme sucesso e projetaram o Coldplay para uma posição de destaque na cena mainstream. Deste álbum, aponto a belíssima "Green Eyes" e a excelente "God Put a Smile Upon Your Face", que proporciona uma experiência auditiva semelhante à degustação de um bom vinho tinto no inverno.


Banda: Coldplay
Disco: A Rush Of Blood To The Head
Ano: 2002
Qualidade: 320kbps
Tamanho: 122.07 MB











01. Politik
02. In My Place
03. God Put A Smile Upon Your Face
04. The Scientist
05. Clocks
06. Daylight
07. Green Eyes
08. Warning Sign
09. A Whisper
10. Rush of Blood To The Head
11. Amsterdam

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Parte 1 (faixas 1 a 5): Mediafire
Parte 2 (faixas 6 a 11): Mediafire

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Helloween - Keeper Of The Seven Keys

Helloween é uma banda alemã de power metal formada no início da década de 1980 por Michael Weikath (guitarra), Kai Hansen (guitarra e vocal), Markus Grosskopf (baixo) e Ingo Schwichtenberg (bateria). Eles são considerados os criadores do estilo, que une guitarras velozes a potentes vocais melódicos em uma sonoridade fortemente influenciada pela música erudita. As letras geralmente tratam de temas míticos, fantasiosos e medievalismo.
Os discos Keeper Of The Seven Keys I e II, lançados em 1987 e 1988, respectivamente, são os mais famosos do Helloween. A banda pretendia lançar um álbum duplo, mas a gravatora vetou e o trabalho foi dividido em duas partes. Os dois discos são clássicos do power metal, cultuados por fãs de todo o mundo.


Banda: Helloween
Disco: Keeper Of The Seven Keys I
Ano: 1987
Qualidade: 320kbps
Tamanho: 77.05 MB











01. Initation
02. I'm Alive
03. A Little Time
04. Twilight Of The Gods
05. A Tale That Wasn't Right
06. Future World
07. Halloween
08. Follow The Sign

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Banda: Helloween
Disco: Keeper Of The Seven Keys II
Ano: 1988
Qualidade: 320kbps
Tamanho: 110.13 MB











01. Invitation (Intro)
02. Eagle Fly Free
03. You Always Walk Alone
04. Rise And Fall
05. Dr. Stein
06. We Got The Right
07. Save Us
08. March Of Time
09. I Want Out
10. Keeper Of The Seven Keys

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Parte 1 (faixas 1 a 5): Mediafire
Parte 2 (faixas 6 a 10): Mediafire

sexta-feira, 4 de abril de 2008

The Fratellis - Costello Music

The Fratellis é uma banda escocesa de indie rock formada em Glasgow, no ano de 2005, por Jon (guitarra/vocais), Barry (baixo) e Mince Fratelli (bateria). Não, os caras não são parentes. O único que efetivamente leva Fratelli no nome é o baixista, mas Jon e Mince também adotaram o sobrenome para marcar a identidade do grupo - algo que os Ramones já fizeram há seculos, mas ainda funciona e o pessoal imita até hoje.
O primeiro disco, Costello Music, chegou às lojas em 2006, e, no mesmo ano, o trio foi apontado pela revista britânica NME como a melhor nova banda da Grã-Bretanha.
É um rock n' roll inteligente, irônico e despreocupado; cru, mas nada simplista, e absolutamente prazeroso de escutar. Banda recomendadíssima.


Banda: The Fratellis
Disco: Costello Music
Ano: 2006
Qualidade: 320kbps
Tamanho: 76.1 MB











01. Henrietta
02. Flathead
03. Cuntry Boys & City Girls
04. Whistle for the Choir
05. Chelsea Dagger
06. For the Girl
07. Doginabag
08. Creepin Up the Backstairs
09. Vince the Loveable Stoner
10. Everybody Knows You Cried Last
11. Baby Fratelli
12. Got Ma Nuts from a Hippy
13. Ole Black 'N' Blue Eyes


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MAIS
+ Assita ao clipe de Flathead.
+ Confira a performance ao vivo de Whistle for the Choir e Creepin' Up The Backstairs.

terça-feira, 1 de abril de 2008

The Strokes - Is This It

The Strokes é uma banda novaiorquina de indie rock formada em 1999 por Julian Casablancas (vocal), Nikolai Fraiture (baixo), Nick Valensi (guitarra) Fabrizio Moretti (bateria) e Albert Hammond Jr (guitarra). Eles são apontados como os responsáveis pela revitalização do bom e velho rock n' roll de garagem, sem frescuras, muita cerveja e uma boa dose de insatisfação irônica e debochada. Na cola deles vieram bandas como os Arctic Monkeys, por exemplo, que já afirmaram em diversas ocasiões serem influenciados pelos caras.
Mas, como diz o ditado, se nem Cristo agradou a todos, é claro que os Strokes também não são unanimidade. Muitos acusam a banda de ser irrelevante e pouco original, uma mistura de elementos há muito já explorados por bandas como Television e Velvet Underground, mas sem o toque de vanguarda.
Esse pessoal que vive no passado não enxerga o que a geração jovem dos anos 2000 entende perfeitamente: se saímos do marasmo comercial que havia se tornado a cena rock n' roll no fim dos anos 90, com a decadência do grunge evidenciada pelo fim do Soundgarden, em 1997, foi graças aos Strokes e seu excelente álbum de estréia, Is This It, lançado em 2001. Os vocais ora apáticos ora angustiados de Casablancas, as guitarras precisas de Hammond e Valensi, a bateria seca de Moretti e as linhas de baixo diretas de Fraiture eram exatamente o que nossos ouvidos precisavam naquele momento.
A música dos Strokes é o som de uma geração descrente, desinteressada, que não acredita em revoluções, acha que o futuro é uma merda tão grande quanto o presente e sabe que a realidade é aquilo que você vê quando está bêbado.


Banda: The Strokes
Album: Is This It
Ano: 2001
Qualidade: 320kbps
Tamanho: 71.25 MB











01. Is This it
02. The Modern Age
03. Soma
04. Barely Legal
05. Someday
06. Alone, Together
07. Last Nite
08. Hard To Explain
09. New York City Cops
10. Trying Your Luck
11. Take It Or Leave It

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